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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Qual a importância do cemitério e da preservação de seus túmulos antigos?

Foto: Amanda Garcia Ludwig - Portal Engeplus
por Rodrigo Szymanski

Nesta última semana se constatou a destruição de vários túmulos de crianças, túmulos com mais de 30 anos de existências. No local a construção de capelas para famílias. O prefeito Nilso Bortolatto disse que os ossos estão na ossaria e que aconteceu uma divulgação e um cadastro. Uma família se sentiu lesada quando chegou ao cemitério e viu que não estava mais o túmulo de um ente querido.

Mas a questão, da minha parte, é entender se é valido desmanchar os túmulos antigos em nome de novos túmulos. Falta-se espaço no cemitério? Sim, falta espaço e logo não suportará mais. Mas a destruição daqueles túmulos se deu para que famílias determinadas construíssem capelas particulares, não estão necessariamente sendo usadas hoje ainda. E para que violar os túmulos antigos para construção de túmulos que estarão vazios?

Outra realidade que preocupa é das famílias que destroem os túmulos antigos para no lugar construir capelas arquitetônicas. Infelizmente na entrada principal, de acesso a cruz, a maioria dos túmulos já foi modificado. Acho que o patrimônio histórico cultural da prefeitura (não existe este setor infelizmente) deve intervir nesta destruição e na violação da memória. É um total desrespeito a nossa história.

Temos que entender o cemitério como um espaço de representação da história de nossa cidade. A descaracterização de qualquer patrimônio histórico se torna uma quebra dos vínculos históricos locais. É possível preservar os túmulos mais antigos, com suas características da época. Os cemitérios são espaços de memórias vivas. Podemos também entender os cemitérios como:

“Os cemitérios reproduzem a geografia social das comunidades e definem as classes locais. Existe a área dos ricos, onde estão os grandes mausoléus; a área da classe média, em geral com catacumbas na parede, e a parte dos pobres e marginais. A morte igualitária só existe no discurso, pois na realidade, a morte acentua as diferenças sociais” (Harry Rodrigues Bellomo)

Será que a destruição dos túmulos infantis, denominados pejorativamente de “velhos e abandonados” não representa o poder econômico e social e a cultural de nossa cidade? É o descaso com nossa história patrimonial, até por que nem todas as famílias possuem condições de ter uma capela própria.

Retornaremos ao tema em breve. Mande suas opiniões!

7 comentários:

  1. Desrespeito seria se nao tivese comunicado os familiares, todas capelas ali encontrada novas foram com autorização dos antigo proprietarios para os demais futuros falecidos ficarem tudo no mesmo local, pq depois morrem outros dafamilia um fica na parte de baixo outro na parte de cima fira ruim, e cocal naotem essa tradição de patrimônio histórico, se tivese começaria com predio e nao cemiterio. Hoje no mundo tem tambem coisas mais importante para se preucupar" como recuperar os drogados" do que patrimonio historio nao enche a barriga de ninhuem.

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  2. Acredito que uma cidade sem história preservada é como se fosse uma cidade sem passado, não tem marcas registradas quando os caminhos trilhados são apagados. Não se pode entender nada do que existe hoje no presente sem recorrermos ao passado como um processo histórico onde cada época vai determinando e explicando a etapa seguinte. Uma pena não darmos valor para isso. Se nem o poder público tem esta consciência como poderemos exigir isto dos cidadãos?
    Mas, uma coisa é certa e está ali para quem quiser ver, o cemitério é uma representação fiel da sociedade, com suas classes e diferenças sociais, mostrando que a desigualdade social continua para além da morte.

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  3. como pode as pessoas acharem q pasando e pasando feio isso. em cocal jogar os osso ebaixo da capela aqui nao tem niguem q tem coracao mesmo pq nao pegar e fazer uma gavetas em sao miguel do oeste fica no subesolo da igreija la tem os nome sobrenome eu fui la visita e legal agente acha os sombrenomes de muinta gente conhecida q triste pior q aquele q estao fazendo aquelas capelas bonitas nem para pra pensar q daqui ums anos eles tbm estarao sendo jogado ebaixo da igreija.ah aquelas capela gradiosa nao precisaria tanto pra depois de morto, esses sim sao direinho q devia usar para ajudar alguem criancas com cancer fome pessoas doente.e hospitais essas coisas ok..

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  4. Rodrigo Szymanski.. PARABENS PRA VC FALOU TUDO Q EU QUERIA FALAR..
    quando meus filhos era pequeno eu levava eles ver aquele tumulo ali pequeno sempre era uma maneira sei la deles ver como era no pasando.. e agora vem um cara desse dizer q historia nao enche barriga de niguem acho q aqueles gradiosos tumulo tbm nao neh..

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  5. Háquarenta anos atrás o cemitério era bastante diferente,existia muito mais discriminaçãodo quehojepois havia uma parte no cemitério separada de todos que eram os que tiravam suas vidas ou que não eram batizados.Acredito que hoje em dia não há mais esse preconceito, graças a Deus,pois segundo o Pe.Aloir todos somos iguais dentro dos caixões. Existem outras formas de preservar o passado.

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  6. em são miguel do oeste é cobrado quanto em??? Muitas pessoas falando do que não sabe,cocal do sul não cobra nada...se não fosse iniciada a revitalização da parte antiga a unica coisa que ia ter ali era restos mortais e entulho espalhado pelo chão.. a coisa mais linda o cemitério no dia de finados, agora vão lá ver a nojeira que está....aparecem no cemitério uma vez por ano...

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  7. quem disse que não cobra? acho que vc não sabe muita coisa sobre o assunto.

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