por Elízio V. Zaccaron - Arquiteto e Urbanista - Registro CAU/BR A64186-3
Todas as atenções estão voltadas, e ainda estarão por um bom tempo, à tragédia em uma boate na cidade de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul. Não é para menos, visto que pouco mais de 15% dos ocupantes da casa noturna perderam a vida depois de um incêndio, até então, provocado pelo acendimento de um sinalizador no momento de um dos shows da noite.
Acredito que o fato abrirá os olhos de todos os órgãos responsáveis pela fiscalização para regularização dos alvarás de prevenção contra incêndio de cidades de todo o país, visto que, no nosso estado, se tem informações que prefeituras como Florianópolis e Criciúma já iniciaram trabalhos nesse sentido. Fico feliz pela iniciativa, mesmo depois da tragédia, pois o ser humano tem como costume corrigir e não prevenir, quando deveria pensar ao contrário.
O que me preocupa de verdade não é a realização da fiscalização, pois isso se consegue com aumento de profissionais capacitados nas prefeituras e corpos de bombeiro, mas sim a não conscientização do proprietário do edifício em investir nos equipamentos de segurança necessários. Vez ou outra reclamam do custo de um projeto de prevenção contra incêndio, entortam o nariz para investirem nos equipamentos necessários conforme a metragem da edificação e tentam, de alguma forma, dar aquele jeito brasileiro de excluir alguns equipamentos de segurança, que são indispensáveis para um ambiente onde há confinamento de grande número de pessoas.
Em um breve retrospecto, observa-se que o mais difícil é lidar com edificações antigas, pois como já funcionavam desde antes de algumas Leis serem aprovadas, desprezam a adequação do espaço com equipamentos como Extintores, Placas de Saídas de Emergência, Saídas de Emergência, Iluminação de Emergência com Bloco Autônomo, Central de Gás fora do Perímetro da Edificação, Pára Raios, dentre outros equipamentos que permitem a evacuação segura e o combate contra incêndio em um eventual acidente. É importante que as pessoas entendam que a execução e adequação de um projeto preventivo contra incêndio em uma edificação não é um gasto, como o próprio nome determina, é uma prevenção contra futuros danos pessoais e materiais, em que o custo pode ser muito maior no bolso e na vida de pessoas.
No caso da boate Kiss, que é uma edificação antiga, ao que disseram pela TV foi que muitos corpos foram encontrados perto da única saída da casa noturna, que por fatores construtivos, fica no mesmo lugar da entrada. Isso acontece porque na maioria dos casos, nos centros urbanos, obras novas e antigas são e foram executadas sem recuos das extremas nas laterais do lote, muitas vezes para ganhar espaço útil interno, o que impossibilita saídas secundárias de emergência por falta de espaço para a circulação até a rua que tangencia a edificação. Dessa maneira, pode-se dizer que a edificação construída daquela maneira era imprópria para este tipo de uso, visto a capacidade de pessoas que, em um incidente como aquele ocorrido, sairiam ao mesmo tempo por uma só abertura de fuga formando um gargalo que não permitisse a evacuação rápida de todas as pessoas.
Deixo aqui meu pedido de atenção, colaboração e conscientização de toda a população, não esperem pela fiscalização, todos sabem que o alvará entregue pelo Corpo de Bombeiros é válido por apenas um ano e que em alguns momentos, a edificação pode sofrer alterações em paredes de sua planta baixa que não condiz com a situação vistoriada pela última fiscalização, o que faz necessário a renovação e nova vistoria para os devidos ajustes.
Todas as atenções estão voltadas, e ainda estarão por um bom tempo, à tragédia em uma boate na cidade de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul. Não é para menos, visto que pouco mais de 15% dos ocupantes da casa noturna perderam a vida depois de um incêndio, até então, provocado pelo acendimento de um sinalizador no momento de um dos shows da noite.
Acredito que o fato abrirá os olhos de todos os órgãos responsáveis pela fiscalização para regularização dos alvarás de prevenção contra incêndio de cidades de todo o país, visto que, no nosso estado, se tem informações que prefeituras como Florianópolis e Criciúma já iniciaram trabalhos nesse sentido. Fico feliz pela iniciativa, mesmo depois da tragédia, pois o ser humano tem como costume corrigir e não prevenir, quando deveria pensar ao contrário.
O que me preocupa de verdade não é a realização da fiscalização, pois isso se consegue com aumento de profissionais capacitados nas prefeituras e corpos de bombeiro, mas sim a não conscientização do proprietário do edifício em investir nos equipamentos de segurança necessários. Vez ou outra reclamam do custo de um projeto de prevenção contra incêndio, entortam o nariz para investirem nos equipamentos necessários conforme a metragem da edificação e tentam, de alguma forma, dar aquele jeito brasileiro de excluir alguns equipamentos de segurança, que são indispensáveis para um ambiente onde há confinamento de grande número de pessoas.
Em um breve retrospecto, observa-se que o mais difícil é lidar com edificações antigas, pois como já funcionavam desde antes de algumas Leis serem aprovadas, desprezam a adequação do espaço com equipamentos como Extintores, Placas de Saídas de Emergência, Saídas de Emergência, Iluminação de Emergência com Bloco Autônomo, Central de Gás fora do Perímetro da Edificação, Pára Raios, dentre outros equipamentos que permitem a evacuação segura e o combate contra incêndio em um eventual acidente. É importante que as pessoas entendam que a execução e adequação de um projeto preventivo contra incêndio em uma edificação não é um gasto, como o próprio nome determina, é uma prevenção contra futuros danos pessoais e materiais, em que o custo pode ser muito maior no bolso e na vida de pessoas.
No caso da boate Kiss, que é uma edificação antiga, ao que disseram pela TV foi que muitos corpos foram encontrados perto da única saída da casa noturna, que por fatores construtivos, fica no mesmo lugar da entrada. Isso acontece porque na maioria dos casos, nos centros urbanos, obras novas e antigas são e foram executadas sem recuos das extremas nas laterais do lote, muitas vezes para ganhar espaço útil interno, o que impossibilita saídas secundárias de emergência por falta de espaço para a circulação até a rua que tangencia a edificação. Dessa maneira, pode-se dizer que a edificação construída daquela maneira era imprópria para este tipo de uso, visto a capacidade de pessoas que, em um incidente como aquele ocorrido, sairiam ao mesmo tempo por uma só abertura de fuga formando um gargalo que não permitisse a evacuação rápida de todas as pessoas.
Deixo aqui meu pedido de atenção, colaboração e conscientização de toda a população, não esperem pela fiscalização, todos sabem que o alvará entregue pelo Corpo de Bombeiros é válido por apenas um ano e que em alguns momentos, a edificação pode sofrer alterações em paredes de sua planta baixa que não condiz com a situação vistoriada pela última fiscalização, o que faz necessário a renovação e nova vistoria para os devidos ajustes.
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