Dia 8 de março historicamente é celebrado o Dia Internacional da Mulher, que surge de uma aglomeração de lutas das mulheres em diversos países e continentes, uma data de luta pelos direitos que inicia logo no começo do século 20.
Infelizmente, hoje, esta data é usada por muitos como meio de comercialização para vender flores, presentes, chocolates, promoção de motel e restaurantes. Movimentos feministas realizam campanhas para evitar que a data de luta por direitos e protagonismo feminino se torne uma data comercial. Uma das campanhas e frase que corre no Facebook é “No dia 8 de março não de Bombom nem florzinha de Respeito, e nos outros dias também”.
Ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade de gênero, mesmo que cresça diariamente o número de mulheres em cargos estratégicos, em universidades, etc., as mulheres ainda recebem salários menores que os homens. Em 2010 a média salarial dos homens com carteira profissional assinada foi de R$ 1.392,00, ao passo que o das mulheres foi cerca de 30% abaixo disso, atingindo somente R$ 983,00.
As mulheres representam mais da metade da população e do eleitorado, tem maior nível de escolaridade, representa quase 50% da população economicamente ativa do país, mas não chegaram a 20% nos cargos de maior nível hierárquico no Legislativo, nos governos municipais e estaduais, nas secretarias do primeiro escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos sindicatos e até nas 89.075 empresas privadas, em que se identificou que as mulheres ocupavam apenas 21,4% dos cargos de comando. Segundo pesquisa do “Observatório Brasil da Igualdade de Gênero”.
Segundo o mapa da violência de 2012, “Nos 30 anos, decorridos entre 1980 e 2010, houve um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país”. No Brasil “seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são marcados como principais geradores de violência. Ao todo 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso”.
Um dos problemas que apresenta a pesquisa é o descaso da polícia, pois 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema quando feito denuncia contra o agressor. Surgindo ideias de que “Mulher gosta de apanhar”.
Já a pesquisa do Pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, realizada pelo Instituto Avon/Ipsos, demostra que “Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido” e “O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados”. Isso fica claro nos casos de violência domestica contra as mulheres. O medo continua sendo a razão principal (68%) para evitar a denúncia dos agressores.
Em caso de agressão as mulheres deve-se denunciar seus agressores na Polícia Civil ou em policia especializada. Ou ainda pelo telefone 180.
O Cocal Comunitário deseja muitas Lutas por direito e igualdade de Gênero a todas as mulheres e reafirmamos nosso compromisso com esta luta.
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