Esta terra chamada Brasil, antes terra sem nome, já tinha habitantes aos milhões. Terra invadida pelos brancos, tomada a força para fazer gerar riqueza que se foram além mar. Para os donos legítimos desta terra ficou as pragas das doenças, o mau da civilização europeia e o extermínio de povos que viviam felizes.
O capitalismo determina que somente o trabalho engradece o homem. Maldito seja este sistema que extermina aquele que vivem em sua terra com sua cultura, esta tal de globalização que chegou bem antes do século 20.
Reduziram milhares de povos em "índio". Sem identidades, todos iguais, e não eram. Povos, diferentes, culturas, maneira de conviver. Mas uma coisa era igual a terra eram indígenas...
Os indígenas, por não se deixar escravizar, foram logo exterminados, e assim vem sendo. Os portugueses, os senhores de engenho, os comerciantes, os bandeirantes, o batismo... Logo depois os imigrantes, em suas expedições de "bugreiros" traziam somente as orelhas, pois já bastava para dizer que os "bugres" estavam mortos... E a terra poderia ser ocupada por uma família imigrante que traria o progresso! Maldito progresso...
E aqui em nosso sul, não somos brasileiros, somos filhos de imigrantes (italiano, alemão, polonês) e batemos no peito para expressar nosso sangue "europeu". Os índios, então, eram os verdadeiros brasileiros, mas hoje aqui em nossa região já quase não existem...
Pelo Brasil a fora indígena ainda é bicho. Não pode ter sua terra, é "vagabundo". Terra tem que ser para o latifúndio. Em terras indígenas se constroem hidroelétricas e somos tranquilos em alegar que "é preciso sacrificar alguém em nome do progresso" que sejam os "índios"... Maldito seja o progresso!
Neste dia dos indígenas, todos os pesares pelas dores sofridas, toda gratidão pelo modelo de vida, todo apoio a resistência pela sua cultura...
Somos todos indígenas por uma terra sem males!
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