colaborador Juliano Carrer
- cocalcomunitario@gmail.com
Estamos em janeiro, período de férias coletivas para o magistério e me incomoda algumas falas de pessoas ao meu redor. Sou professor da rede pública e, por conseguinte, me enquadro dentro deste período de férias. Muitos dizem que descansamos demais, que deveríamos ter o mesmo recesso que todos os trabalhadores.
Não discordo sobre a necessidade de igualdade no período de férias, mas não acho que as minhas são exageradas e sim que muitos trabalhadores as possuem ao mínimo. Os 30 dias garantidos por lei só existem devido a luta dos trabalhadores, não significa que este número seja o justo. As pessoas podem, por vezes, errar nas comparações, pois quando veem alguém em situação que acreditam ser melhor que sua, ao invés de sonharem e buscarem essa situação, desejam a regressão dos que estão nela.
Venho defender o período existente de recesso para o magistério, que não é tão grande quanto parece. Neste ano, por exemplo, entramos em recesso na rede pública estadual no dia 21 de dezembro e retornaremos nos primeiros dias de fevereiro. É um pouco mais que 30 dias. Claro que o leitor poderia pensar que também temos uma semana em julho (na verdade esta semana é destinada a formação dos professores, mas como nem sempre é oferecida acaba virando recesso).
Mas que absurdo!!! Tantos dias, cerca de 40!!! Será?
Absurdo não... Diferente!
Eu, por exemplo, não considero que tenho tantos dias de férias. Diria que são cerca de 20 dias (no máximo), pois ao longo do ano a correria é muito grande e dificulta a preparação com qualidade de nossas aulas (isto frustra qualquer um). Por isso, para que minhas aulas tenham qualidade sempre, no período de férias, revejo as aulas dos anos anteriores e planejo o ano seguinte. Acreditem, todos os anos minhas aulas mudam algumas coisas. Claro que não fico enlouquecidamente em cima de livros... Paro um pouco por dia, quando fico inspirado deixo a coisa rolar para que seja prazeroso esse momento. E mesmo assim iniciam as aulas e algumas coisas ficam para serem realizadas ao longo do ano e o pior é que geralmente não dá tempo. Pois iniciando o ano surgem as famosas provas, trabalhos, feiras, projetos, grêmio... etc.
Poderíamos dizer que nem todos fazem isso. Que alguns, todos os anos, trabalham suas aulas da mesma maneira. Mesmo pensando que é um erro não rever nossas aulas, ainda assim penso que as férias não são excessivas.
Produzimos mais do que necessitamos, comemos mais do que precisamos e trabalhamos mais do que o necessário. Estou falando da maioria dos trabalhadores. E para quê? Para esquecermos de nossa essência e continuarmos sendo explorados pelo dinheiro.
Nenhum ser humano foi feito para trabalhar tanto!
O descanso é parte de nós...
Estamos em janeiro, período de férias coletivas para o magistério e me incomoda algumas falas de pessoas ao meu redor. Sou professor da rede pública e, por conseguinte, me enquadro dentro deste período de férias. Muitos dizem que descansamos demais, que deveríamos ter o mesmo recesso que todos os trabalhadores.
Não discordo sobre a necessidade de igualdade no período de férias, mas não acho que as minhas são exageradas e sim que muitos trabalhadores as possuem ao mínimo. Os 30 dias garantidos por lei só existem devido a luta dos trabalhadores, não significa que este número seja o justo. As pessoas podem, por vezes, errar nas comparações, pois quando veem alguém em situação que acreditam ser melhor que sua, ao invés de sonharem e buscarem essa situação, desejam a regressão dos que estão nela.
Venho defender o período existente de recesso para o magistério, que não é tão grande quanto parece. Neste ano, por exemplo, entramos em recesso na rede pública estadual no dia 21 de dezembro e retornaremos nos primeiros dias de fevereiro. É um pouco mais que 30 dias. Claro que o leitor poderia pensar que também temos uma semana em julho (na verdade esta semana é destinada a formação dos professores, mas como nem sempre é oferecida acaba virando recesso).
Mas que absurdo!!! Tantos dias, cerca de 40!!! Será?
Absurdo não... Diferente!
Eu, por exemplo, não considero que tenho tantos dias de férias. Diria que são cerca de 20 dias (no máximo), pois ao longo do ano a correria é muito grande e dificulta a preparação com qualidade de nossas aulas (isto frustra qualquer um). Por isso, para que minhas aulas tenham qualidade sempre, no período de férias, revejo as aulas dos anos anteriores e planejo o ano seguinte. Acreditem, todos os anos minhas aulas mudam algumas coisas. Claro que não fico enlouquecidamente em cima de livros... Paro um pouco por dia, quando fico inspirado deixo a coisa rolar para que seja prazeroso esse momento. E mesmo assim iniciam as aulas e algumas coisas ficam para serem realizadas ao longo do ano e o pior é que geralmente não dá tempo. Pois iniciando o ano surgem as famosas provas, trabalhos, feiras, projetos, grêmio... etc.
Poderíamos dizer que nem todos fazem isso. Que alguns, todos os anos, trabalham suas aulas da mesma maneira. Mesmo pensando que é um erro não rever nossas aulas, ainda assim penso que as férias não são excessivas.
Produzimos mais do que necessitamos, comemos mais do que precisamos e trabalhamos mais do que o necessário. Estou falando da maioria dos trabalhadores. E para quê? Para esquecermos de nossa essência e continuarmos sendo explorados pelo dinheiro.
Nenhum ser humano foi feito para trabalhar tanto!
O descanso é parte de nós...
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