por Rodrigo Szymanski
Cada vez mais em nosso país cresce os números de violência. Hoje o jovem é visto como causador da violência por grande parte da sociedade. Os índices da população a favor da redução da maioridade penal passam dos 70%. Em contrapartida muito pouco se debate sobre temas ligados as políticas públicas para juventude. Mesmo que nos últimos anos foram realizadas duas conferências nacionais de Juventude e uma proposta de estatuto da Juventude.
Hoje no Brasil os jovens representam 54% dos desempregados, 46% dos migrantes e 56% da população carcerária. Todos estes dados possuem ligações. O desemprego principalmente das cidades menores do interior geram um processo migratório. Deste processo de migração muitos jovens acabam por não encontrar saídas e caem no mundo da criminalidade. Causas desencadeadas por falta efetiva de políticas públicas de educação, projetos sociais, emprego e renda para a juventude.
Podemos compreender violência como toda ação realizada por pessoas, grupos, classe, etc, que geram danos físicos, psíquicos, emocionais, moral ou espiritual.
É possível classificar a violência de uma forma rápida e geral como “física” e “simbólica”. Física: Agressões, homicídio e trânsito. De forma mais especifica com danos físicos utilizando de armas de fogo ou de outros tipos, da mesma forma o uso de veículos. Simbólica: pré-conceito, racismo, homofobia, piadas e brincadeiras. Uma modalidade de violência primeira que é desencadeadora da violência Física.
Em Santa Catarina são mais de 1,2 mil jovens mortos de 15 a 29 anos, faixa etária designada pelo governo federal como Juventude para políticas públicas. Deste número, a maioria dos jovens que morrem em nosso estado são vítimas da violência no trânsito. Santa Catarina é o estado em que mais morrem jovens de violência no trânsito no Brasil. Os jovens mortos de forma violenta no estado são 1.224 (86,9%), contra 185 (13,1%) jovens que morrem de forma não violenta. De um total de 1.409 mortos em 2009. Destes 687 morreram no trânsito, 423 de homicídios e 114 de suicídios. No recorte racial por homicídios, são Brancos 17,3 a cada 100 mil, contra 33,3 a cada 100 mil de negros. No trânsito o número inverte. Os Brancos são 51,1 a cada 100 mil e os negros são 20,7 a cada 100 mil. Hoje os jovens de classe média com carro matam mais que os jovens negros envolvidos na criminalidade e no tráfico. Criciúma se encontra entre as oito cidades mais violentas do estado.
A violência é reflexo do impacto da herança da pobreza, das ausências de políticas públicas que impulsionam um processo de negligencia e impacto de violência. Quando encontramos um grande número de criminalidade nas periferias temos que analisar os “morros” e “favelas” como espaço de herança das condições sociais do Brasil.
A luta contra a violência hoje normalmente se dá somente contra o agressor. Se cobra penas rígidas aos agressores, sem se combater mais conscientemente a agressão e suas causas. Perdemos a oportunidade de debater políticas públicas e, acima de tudo, a chance de criarmos novos meios de diálogos para amenizar os danos da violência.
É responsabilidade de todos cuidarmos de nossas crianças e adolescentes, garantindo a eles uma sociedade menos violenta e com oportunidades para que sejam cidadão conscientes.
(Fontes: matérias da campanha contra a violência e extermínio de jovens de Santa Catarina)
Cada vez mais em nosso país cresce os números de violência. Hoje o jovem é visto como causador da violência por grande parte da sociedade. Os índices da população a favor da redução da maioridade penal passam dos 70%. Em contrapartida muito pouco se debate sobre temas ligados as políticas públicas para juventude. Mesmo que nos últimos anos foram realizadas duas conferências nacionais de Juventude e uma proposta de estatuto da Juventude.
Hoje no Brasil os jovens representam 54% dos desempregados, 46% dos migrantes e 56% da população carcerária. Todos estes dados possuem ligações. O desemprego principalmente das cidades menores do interior geram um processo migratório. Deste processo de migração muitos jovens acabam por não encontrar saídas e caem no mundo da criminalidade. Causas desencadeadas por falta efetiva de políticas públicas de educação, projetos sociais, emprego e renda para a juventude.
Podemos compreender violência como toda ação realizada por pessoas, grupos, classe, etc, que geram danos físicos, psíquicos, emocionais, moral ou espiritual.
É possível classificar a violência de uma forma rápida e geral como “física” e “simbólica”. Física: Agressões, homicídio e trânsito. De forma mais especifica com danos físicos utilizando de armas de fogo ou de outros tipos, da mesma forma o uso de veículos. Simbólica: pré-conceito, racismo, homofobia, piadas e brincadeiras. Uma modalidade de violência primeira que é desencadeadora da violência Física.
Em Santa Catarina são mais de 1,2 mil jovens mortos de 15 a 29 anos, faixa etária designada pelo governo federal como Juventude para políticas públicas. Deste número, a maioria dos jovens que morrem em nosso estado são vítimas da violência no trânsito. Santa Catarina é o estado em que mais morrem jovens de violência no trânsito no Brasil. Os jovens mortos de forma violenta no estado são 1.224 (86,9%), contra 185 (13,1%) jovens que morrem de forma não violenta. De um total de 1.409 mortos em 2009. Destes 687 morreram no trânsito, 423 de homicídios e 114 de suicídios. No recorte racial por homicídios, são Brancos 17,3 a cada 100 mil, contra 33,3 a cada 100 mil de negros. No trânsito o número inverte. Os Brancos são 51,1 a cada 100 mil e os negros são 20,7 a cada 100 mil. Hoje os jovens de classe média com carro matam mais que os jovens negros envolvidos na criminalidade e no tráfico. Criciúma se encontra entre as oito cidades mais violentas do estado.
A violência é reflexo do impacto da herança da pobreza, das ausências de políticas públicas que impulsionam um processo de negligencia e impacto de violência. Quando encontramos um grande número de criminalidade nas periferias temos que analisar os “morros” e “favelas” como espaço de herança das condições sociais do Brasil.
A luta contra a violência hoje normalmente se dá somente contra o agressor. Se cobra penas rígidas aos agressores, sem se combater mais conscientemente a agressão e suas causas. Perdemos a oportunidade de debater políticas públicas e, acima de tudo, a chance de criarmos novos meios de diálogos para amenizar os danos da violência.
É responsabilidade de todos cuidarmos de nossas crianças e adolescentes, garantindo a eles uma sociedade menos violenta e com oportunidades para que sejam cidadão conscientes.
(Fontes: matérias da campanha contra a violência e extermínio de jovens de Santa Catarina)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As manifestações aqui expressas são de cunho pessoal, ficando a responsabilidade do mesmo ao cidadão, que tem total liberdade de expressão.
Todos os comentários serão postados, desde que não contenham ofensas pessoais.