por Rodrigo Szymanski
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Em 1500, dizem as más línguas, que algumas barcas comandadas por um tal de Pedro Álvares Cabral, vieram do reino de Portugal, já outras más línguas que se perderam no caminho das índias, porém aqui no Brasil, antes terra sem nome oficial, naquele momento passa a se chamar “Terra de Vera Cruz” ou “Terra da Verdadeira Cruz”. E então, esta porção de terra sem dono, de “selvagens bárbaros”, passou a ser parte do império dos portugueses.
Aliás, cruz mesmo quem passou foram os milhares de indígenas que aqui viviam e as milhares de tribos e povos que foram exilados em suas próprias terras. Ouro, prata, minérios, pau-brasil, café, cana de açúcar... Tudo virou mercadoria dos europeus. Aos indígenas deram um rei desconhecido. Um “deus” estranho, pois já possuíam sua fé, seu Deus, suas crenças...
Aliás, cruz mesmo quem passou foram os milhares de indígenas que aqui viviam e as milhares de tribos e povos que foram exilados em suas próprias terras. Ouro, prata, minérios, pau-brasil, café, cana de açúcar... Tudo virou mercadoria dos europeus. Aos indígenas deram um rei desconhecido. Um “deus” estranho, pois já possuíam sua fé, seu Deus, suas crenças...
Mas, descobriram um Brasil que não existia, roubaram dos donos da terra suas terras (terras estas que não existia o sentido de posse por “papel”, era dos povos que habitavam) em nome do progresso, da civilização, da conversão de almas e do poder econômico, tudo isso alinhado se torna uma máquina mortífera! E assim o foi. Mataram os índios, mataram a mata, a flora e fauna ao longo destes mais de 500 anos, implantaram capitanias hereditárias, e mesmo que eram hereditárias não ficaram de herança aos donos verdadeiros.
Hoje sabemos que fomos descobertos por uma civilização que trouxe doença, morte, extermínio, roubo de riquezas e criação de uma cultura. Hoje sabemos que somos um povo cheio de contradições e condições. Ainda estamos a descobrir os “Brazis” escondidos, e ainda, com a ganância dos primeiros “desbravadores”, tratamos os indígenas como ameaça ao progresso e o desenvolvimento das riquezas, como um “bando de desocupado”, como podemos ver aqui pertinho, no caso da quarta pista da BR-101, no Morro dos Cavalos.
Dia dos Indígenas (19/4), do Descobrimento do Brasil, dia de pensar um pouco sobre historia e presente, de refazer os caminhos e compreender um pouco de quem somos... Não é possível refazer a história, porém é possível pensar para não repetir a historia.
“Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente”
(Legião Urbana- Índios)
(Legião Urbana- Índios)
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