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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Espaço Educação: O consumo do exagero

por Juliano Carrer
 - cocalcomunitario@gmail.com

No dia 22 de junho fui em um rodízio de massas e no dia seguinte, ao acordar, ainda estava desconfortável devido a quantidade exagerada de comida que ingeri. Poderíamos dizer que existe a opção de não comer tanto e eu não estaria passando mal nesse momento. Será? Isto é o que pretendo refletir hoje com vocês.

Quando vamos a um mercado e é mais barato comprar um refrigerante de 2 litros do que de 1 litro, o motivo desse "barateamento" não é simplesmente porque a empresa vai vender mais nesse momento e com isso diminuir o custo. Quanto mais consumimos, mais vontade temos de consumir, essa é a estratégia central usada. Por exemplo, eu mesmo tive um período que evitava beber determinado refrigerante. Mas aos poucos por determinados motivos, que não cabem aqui, comecei a ingeri-lo, e aos poucos a quantidade que eu bebia foi aumentando. Hoje sinto necessidade desta bebida, me faz falta.

E esse pensamento não se aplica apenas aos refrigerantes, podemos ampliá-lo para todos os setores de consumo. Como é o caso dos rodízios. Podemos aplicar também essa mesma lógica aos produtos eletroeletrônicos. Por exemplo, quando você compra um celular e ele possui determinadas funções isso cria a necessidade de um outro celular com mais funções além das que você já possui. Não significa que você necessita para viver, não significa que será realmente útil, mas é de conhecimento de quem vende que o consumo incentiva a mais consumo. A "necessidade" aparece e você encontra várias justificativas para comprá-lo.

Mas para vivermos plenamente necessitamos é de menos consumo. Quando exageramos na comida ou em outros produtos estamos vivendo menos e com menos qualidade. Se comemos demais todos sabemos dos riscos. E para comer mais, para comprar mais, precisamos de mais dinheiro. Logo precisamos trabalhar mais. E quanto mais trabalho menos tempo para lazer, descanso, exercícios... Por isso penso que é um grande desafio para todos nós ir contra esse consumo exagerado.

Respondendo a pergunta inicial do texto, existe sim a opção de comermos menos, entretanto fazer isso é ir contra o próprio sistema. Não é a toa que os índices de obesidade aumentam, inclusive nos países que mais incentivam o consumo.

Acompanhem a imagem abaixo e tirem suas conclusões. Nela os níveis de obesidade são maiores nas regiões vermelhas, seguidas pelas cores marrom, laranja e verde.


Consumir menos é poluir menos, trabalhar menos, produzir menos e com isso curtir mais, descansar mais, ler mais, estudar mais, rezar mais, se exercitar mais, rir mais, viver mais e permitir futuras gerações viver melhor (a própria ciência diz que aquilo que fazemos com nosso corpo neste momento vai interferir na vida de nossas futuras gerações, fico pensando que daqui a pouco as crianças vão nascer já com diabetes, colesterol alto, depressão, estressados...).

Um bom consumo para você!

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