por Rodrigo Szymanski
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É nítido e sem dúvida alguma que este sistema político atual, cansado e desgastado, não serve mais para o povo ou para maioria da população (embora às vezes pense se o povo acha mesmo este sistema falido ou apenas eu). A política atual é feita por partidos políticos sem ideologias, sem participação popular. É teoricamente feita para o povo e não com o povo. Infelizmente cada partido possuem seus “caciques”, normalmente de famílias tidas como “tradicionais” e de poder econômico elevado. Temos a impressão, ou melhor, a certeza que política é para poucos: para aqueles poucos que sempre mandaram e sempre tiveram poderes aquisitivos econômicos.
Há uma frase diz "Tudo é política, mesmo que o político não seja tudo". Talvez, é preciso reaprender que a política faz parte da vida, e lembro aqui a frase de um querido amigo, o padre Ludgero Buss (in memoriam), que muitos devem se lembrar dos tempos dele em Cocal. “Poítica é o simples ato de tomar banho”, é a tomada de decisão, que irá fazer bem para você que se beneficia com o banho, mas também para todos que estão próximo de você. Tudo é política, mesmo que os políticos não sejam tudo neste mundo. Mas quando se fala em política logo se pensa nos candidatos dos partidos políticos, nos vereadores e no prefeito. Mas seriam eles responsáveis pela mudança?
Acredito que não, pois não tenho fé neste modelo partidário, e em nossos representantes (não estou aqui chamando-os de corruptos, só estou dizendo que não acredito que os “representantes do povo” farão pelo povo acima das decisões partidárias).
O atual modelo político é partidário e, mesmo discordando das formas, acho a agremiação política partidária é necessária. Mas hoje os partidos não escutam as ruas, são partidos de “caciques” de decisões de interesses de “empresários”(claro, os mesmo investem muito dinheiro). É preciso mudar isso, hoje quem diz que “vota na pessoa não no partido” é um tanto quanto ignorante, pois primeiro o mandato é do partido, e é quase impossível (salvo exceções) que um “politico” passe por cima da decisão de seu partido. Então, você até pode escolher seu candidato por quem ele é, mas quem manda é o partido.
Disso tudo, quem tem medo da reforma política? De um plebiscito? De uma constituinte (já descartada pela elite). Não podemos temer as mudanças, é preciso PARTICIPAR para assim mudar. Somente a participação muda a Política. E uma participação comprometida com o coletivo, com a comunidade, e não somente com os interesses individuais. Enquanto os interesses individuais serem mais fortes que o coletivo nada vai mudar.
Diz o poeta Bertold Brecht
“Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar”.
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