segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Espaço Educação: Bem viver... Utopia viva

colaborador Juliano Carrer
 - cocalcomunitario@gmail.com

Na última coluna questionei a lógica do ensino baseada na competição e tudo o que tem por trás disso. Cabe então apresentar uma proposta diferente e para isso invoco a experiência dos povos indígenas.

Creio que dos povos existentes estes são os que mais são massacrados pela sociedade atual, visto que demonstram que é possível viver sem explorar ao máximo os recursos naturais, que é possível viver em harmonia com a natureza e com os outros que nos cercam. Não é a toa que ainda hoje ainda são assassinados!

Não proponho que tiremos nossas roupas e vivamos na mata, mas que nos apercebamos do que essa prática nos aconselha.

Tem-se discutido entre os povos da América Latina uma outra proposta de sociedade: o "Bem Viver". Segundo Paulo Suess poderíamos usar de cinco palavras-chaves para representa-lo: utopia, comunidade, harmonia, simplicidade e ruptura. E nas próximas colunas pretendo refletir sobre cada uma dessas palavras.

Quando em nosso cotidiano alguém diz que o que buscamos é utópico, a conotação geralmente dada é da "imbecilidade" de sua busca, como se buscar algo utópico não levasse a nada. Quem acredita que as coisas são dadas e impossíveis de mudança simplesmente seguem a lógica existente, simplesmente não vivem, pois não criam, não constroem novidades.

A utopia de um mundo justo nos leva a buscá-lo! Se acreditarmos que não podemos construir uma sociedade em que as pessoas respeitem uns aos outros, não tem motivo que nos leve a buscá-la. Por isso a necessidade de sermos Utópicos!

Escrevendo isso, me lembro de um pensamento de Mário Quintana:

"DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!"
É preciso ensinar a beleza da utopia, a beleza dos sonhos...

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