por Davi Carrer
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Quem já fez um exame de intolerância à lactose ou de má absorção de carboidratos pelo organismo sabe que não é nada agradável. Pois existe o teste do hidrogênio expirado, que pode evitar parte desse desconforto, sem precisar coletar sangue.
O teste utiliza o hidrogênio formado no interior dos intestinos pela ação bacteriana dos carboidratos para o diagnóstico final. Gledson Aléssio, bioquímico do Laboratório Búrigo, explica que este hidrogênio se difunde pela corrente circulatória e chega aos alvéolos pulmonares. Com isso é possível detectar o hidrogênio através do ar exalado pelo paciente.
Este teste é, segundo Aléssio, o melhor exame para o diagnóstico de intolerância à lactose e frutose realizado atualmente. "Além de ter uma grande sensibilidade e especificidade, é um exame não invasivo, pois não utiliza agulhas. Ele também é totalmente indolor, o que facilita realizá-lo em crianças de qualquer idade", avalia o bioquímico.
Para realizar o teste o paciente deve ficar em jejum por pelo menos oito horas. Depois disso é necessário ingerir uma solução aquosa contendo lactose - medida conforme o peso da pessoa que realizará o exame. "Com isso, as amostras de ar expirado serão obtidas em intervalos de tempo pré-definidos", explica o bioquímico.
O teste do hidrogênio expirado pode ser feito por pessoas de qualquer idade e o resultado é imediato. "Algumas pessoas, principalmente crianças, têm dificuldade em ingerir a solução de lactose, e tanto no teste com a agulha, quanto no do sopro, é necessário tomar essa solução. Por isso o do hidrogênio expirado traz uma dificuldade a menos. Esse teste é considerado padrão ouro para o diagnóstico", comenta Aléssio.
Segundo o bioquímico, o exame deve ser realizado quando o médico desconfiar de problemas de má absorção de carboidratos. Ele é considerado eficiente nas investigações de patologias como intolerância e má absorção da frutose, da lactose, na Síndrome do Intestino Irritável (IBS), no supercrescimento bacteriano do intestino delgado e no tempo de trânsito intestinal.
(Colaboração: Amanda Garcia Ludwig - Assessora de Imprensa do Laboratório Búrigo)
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