quarta-feira, 5 de março de 2014

Quarta feira de cinzas, tempo de conversão

por Rodrigo Szymanski
 - cocalcomunitario@gmail.com

Inicia a quaresma para os cristãos católicos, tempo de conversão. São quarenta dias que precedem a Páscoa (sem contar os domingos), em que os católicos refletem a conversão e mudança devida. E iniciemos nesta quarta-feira de cinza, em que na missa, o padre, após traçar o sinal da cruz com cinza, pronuncia o “Convertei-vos e crede no Evangelho”, fazendo alusão ao tempo de quaresma que se inicia em preparação a grande festa cristã que é a Páscoa. É tempo de oração, penitência e caridade para os fiéis. Neste dia se faz jejum e abstinência de carne como manda a tradição da igreja.

Segundo o MISSAL DOMINICAL, página de 140, Paulus, quando aceitamos que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais: “1. Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, de inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: "você é pó, e ao pó voltará" (Gn 3, 19); 2. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.”

A Quaresma e a quarta-feira de Cinzas, mais do que uma “crença” e um ritual dos católicos, é um momento que todos podem parar e repensar suas vida. Converter e crer no evangelho não é somente se dizer “cristão” e muito menos mudar de religião, mas sim assumir um modo de vida baseada na pessoa de Jesus Cristo, que teve sua humanidade e sua proposta maior, que era o “amor” e a construção do reino de Deus.

Falando em amor, como vivo o amor? Ou será que já não sei mais o que é o amor?

As cinzas também simbolizam que todos somos mortais, voltaremos mais cedo ou mais tarde para o pó, somos frágeis e humanos. E como anda a humanidade? Quantas guerras estão iniciadas? Quantos julgamentos fizemos por dia com preconceitos? Quantas vezes desprezamos o outro? Quantas vezes damos mais valor ao “ter” que ao “ser”? Quantas vezes somos corruptos? Quantas vezes desprezamos a vida do outro (drogado, marginalizado, doente, preso, pobre).

Neste dia, do sinal que somos frágeis mortais, eu respeito a vida? Ou ainda preciso me converter? (Seja você católico, evangélico budista, ateu, do candomblé).



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