por Rodrigo Szymanski
- cocalcomunitario@gmail.com
São 22 anos de independência política de Cocal do Sul alcançados. Cocal já não cabia mais nas estruturas da provinciana Urussanga. Tornava-se livre e independente para fazer sua “própria historia”. Cocal sempre teve tudo pra dar certo e deu certo.
Hoje Cocal conta com um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto, está bem colocado entre as cidades boas de se viver. Não temos muitos problemas. Cocal hoje é escolha de muitos como cidade para morar.
Historicamente Cocal foi colonizada por famílias italianas, depois chegaram os poloneses, que foram expulsos da cidade pelos italianos. E saíram para a região da Linha Batista, em Criciúma. Tivemos alguns russos, que logo foram embora. Na briga entre “Talianos e Polacos” até duas igrejas foram construídas, próxima uma da outra, isso pelo simples fato dos italianos não aceitar que os poloneses celebrassem a eucaristia juntos. É aquela velha, velha história de achar que um povo, um grupo étnico, é superior ao outro e colocarem-no sobre seu domínio.
Assim foi se constituindo Cocal, entre os coqueiros a beira do rio, falando em coqueiro, cadê o símbolo de nossa cidade?
Cocal foi destaque regional e nacional. Uma das primeiras indústria da região foi de Cocal: uma fábrica de banha. E depois tivemos uma “cooperativa” de cerâmica que virou uma das maiores empresas de cerâmica do mundo.
Desta empresa cerâmica, da qual nenhum dos donos mora em Cocal, quero destacar aqui os trabalhadores, que vieram de vários locais na década de 1980 para trabalhar e assim desenvolver a cidade. Foram estes trabalhadores os verdadeiros heróis. Mesmo sendo anônimos, merecem nosso total respeito.
Cocal, nestes 22 anos, teve momentos políticos tranquilos e conturbados. No segundo mandato, logo o prefeito fez questão de expulsar seu vice da prefeitura. Porém nas eleições seguintes perdeu as eleições para o seu vice, que auto intitulava “colono” e por isso rolou no barro, rolou tanto no barro que foi cassado por corrupção. Ai começou um entra prefeito e sai prefeito. Nas eleições seguintes, o filho do ex-prefeito, que perdeu as eleições para seu vice, voltou e venceu as eleições, mas logo foi cassado também, e depois ,nos últimos meses, voltou à prefeitura, eram tempos conturbado, onde nunca se sabia quem era o prefeito. Nas eleições seguintes o vice do prefeito cassado, se elegeu prefeito, aí entramos em tempo de calmaria... Porém, nas eleições do ano passado (2012) o partido do prefeito perdeu as eleições para o partido do seu vice... E sou capaz de dizer, que neste negócio de vice no poder, se cuida prefeito, os vices estão com tudo.
Porém somos mais que confusão política, somos a melhor cidade de se viver! E ainda mais depois de 2012, pois Cocal, em seus 21 anos, ganhou como presente este site, o Cocal Comunitário o primeiro em notícia.
Parabéns Cocal do Sul! Parabéns Cocal Comunitário!
Pela primeira vez vejo a história de Cocal ser contada com olhar crítico, ou melhor, com outros olhares. Precisamos mais disso. Conhecer a história no seu todo. Situar em que contexto político do país e da região Cocal foi colonizado, sem esquecer que italianos e polacos expulsaram os índios que aqui viviam e sem esquecer, muito bem lembrado, daquele exército de trabalhadores que movimentavam a cidade nos anos que a sirene da fábrica avisava a hora de acordar.
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