por Guilherme Fabro
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Assisti Interestelar sexta-feira e antes de qualquer coisa quero dizer que gostei do filme, achei o filme muito bom. Mas faltou algo, ou melhor, sobrou algo, sobrou a intenção de fazer algo “grandioso”.
O filme começa perfeito, a primeira metade do filme sensacional. Como a terra é apresentada, o mistério do fantasma é perfeito, a atuação da menina é sensacional e o Matthew McConaughey, novamente excelente, te faz sentir a dor dele quando ele precisa viajar ao espaço para salvar sua filha.
Bom, quem não sabe, segue um resumo da sinopse: "Na Terra, num futuro não muito distante, uma grande praga vem acabando com toda a agricultura, estamos cultivando apenas milho (o único que ainda resiste a praga) e voltamos a viver numa cultura completamente rural e com tempestades de areias cada vez mais fortes e frequentes o que aumenta bastante o número de pessoas com problemas respiratórios. Com uma projeção de que tudo deve piorar muitos nos próximos anos, a NASA resolve começar um projeto de emergia que seria a última chance. Descobrir um planeta em outra galáxia habitável para podermos nos mudar".
Essa seria a sinopse resumidamente e o filme entrega isso muito bem, os poucos recursos restante são percebidos nas roupas dos astronautas e na nave que os envia ao espaço. O senso de urgência da missão pode ser visto pelo agravamento das doenças na terra.
Como já disse, as atuações são ótimas, um exagero aqui, outro ali, mas nada que comprometa o filme, a fotografia é linda, vemos algumas imagens do espaço que deixam o queixo no chão e o buraco negro no final do filme é um espetáculo a parte.
Mas como diz no título, o filme tem seus defeito, dirigido por Christopher Nolan (que dirigiu a nova trilogia do Batman), o filme peca em algo crucial que impede ele de se tornar uma obra prima e que infelizmente se mostra um erro comum do Nolan. O exagero da busca da grandiosidade. O mesmo erro que houve em menor escala em "A Origem" e o mesmo erro que houve uma escala gigante em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Aqui, Nolan mantem a busca pela grandiosidade e se perde em alguns momentos, coisas pequenas, detalhes que não deviam estar no filme e acabam tirando pontos de algo que poderia marcar época.
Sendo o único ponto realmente negativo do filme, voltamos a falar de coisas boas. A forma que o Nolan usa o tempo e a gravidade como parte da nossa dimensão é algo incrível. Temos cinco dimensões então, algumas delas nunca exploradas. E se isso for verdade? Quando um filme de ficção deixa essa pergunta na sua mente: “ Se isso for verdade?” – Definitivamente ele fez algo bom e esse o grande mérito do filme, usar toda a relação pais/filho para nos emocionar e de fundo mostrar toda uma ideia de ficção dimensional muito bem trabalhada.
O filme ainda está em cartaz e vale assistir no cinema. O visual é lindo e precisa ser visto em uma tela grande. Então, corra e aproveite.
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