por Rodrigo Szymanski
- cocalcomunitario@gmail.com
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão.
Independência ou morte, gritou sobre um cavalo branco, o Príncipe Regente do Brasil, então D. Pedro de Alcântara de Bragança, vulgo Dom Pedro. Talvez nem sobre um cavalo branco, pois a imagem do quadro bonito de heroísmo é apenas uma figuração do tal “"Grito do Ipiranga". Uma independência dependente, uma aliança entre a família real, que voltava para Portugal e garante o podério nestas terras que tem “palmeiras e sabiá”.
Nossa independência se manteve sobre as chagas malditas de uma sociedade escravocrata, com os senhores das terras e seus latifúndios, com o mesmo modelo monárquico... E o mais normal, “pagamos” pela nossa independência a bagatela de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal.
Hoje marchamos felizes por sermos livres, marchamos em estilo Militar, herança de tempos obscuros quando se acreditava que o civismo e o silêncio popular era o melhor. Aliás. silêncio que matou milhares e escondeu toda a podridão da corrupção de uma elite que alinhou seus interesses ao capital externo, aos militares, e suprimiu a democracia.
Felizmente, hoje marchamos demonstrando nossa organização civil pública, nossas escolas e seus alunos com roupas alvejadas celebram a independência de “marchar” obrigatoriamente.
Vivemos hoje em uma democracia, seja louvando nossa democracia, mas porém temos muito que aprender sobre Liberdade e Independência. Enquanto não aprendemos a sermos povo e governo realmente livres e independentes vamos celebrando e “Vamos celebrar a estupidez humana...E nosso Estado, que não é nação”, cantando o Hino Nacional!
Obs: O autor do texto acha bonitinho os desfiles cívicos, porém acredita que é um saco este negócio de desfilar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As manifestações aqui expressas são de cunho pessoal, ficando a responsabilidade do mesmo ao cidadão, que tem total liberdade de expressão.
Todos os comentários serão postados, desde que não contenham ofensas pessoais.