por Juliano Carrer
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Quem nunca ouviu essa expressão: "Jovem é o futuro!"? Alguém já ouviu que os adultos são o futuro? Dificilmente se credita aos adultos o futuro, sempre são os jovens e as crianças que são tratadas dessa forma.
Talvez, cara leitora e leitor, vocês estejam se perguntando: "Tá, mas eles não são o futuro então?". Claro que são, mas não só eles, todos somos o futuro.
Todos nós somos o futuro, o passado e, principalmente, o presente. Ah! O presente, é nele que fazemos as coisas, é nele que se pode construir um futuro diferente.
Mas o que fazemos?
Dizemos que cabe ao jovem o futuro. E dizer isso é dizer também que ele é responsável pelas mudanças apenas no futuro (quando for adulto) e que no momento (presente) não cabe a ele decidir nada.
Dizer que jovem é o futuro é dizer também que ele não está pronto. Como se fosse possível algum dia alguém estar pronto. Somos seres incompletos e como tal nunca seremos plenos.
Nessa lógica, a juventude é tratada como se tivesse que ser preparada para o mundo adulto, para só então ter voz, para só então ter vez. Prepara-se o jovem assim para a vida adulta.
E essa visão da juventude faz com que tratemos os jovens como que seres sem condições de decidirem, sem condições de opinarem. Nossas instituições e nós estamos carregados desse preconceito.
Lembro como se fosse hoje quando ouvi dizerem: "Não adianta deixar essa gurizada organizar as coisas, pois não dá certo. Eles precisam que alguém faça por eles".
Então me expliquem, como que em algumas organizações formadas por jovens a coisa anda tão bem?
Talvez o problema maior é que nem sempre a juventude quer conduzir as coisas do jeito que o universo adulto deseja... E aí é mais fácil dizer que eles não conseguem.
Façamos uma sociedade feita com os jovens e não para os jovens. Aprendamos a ouví-los e a construir junto com eles. Façamos da juventude, das crianças e dos adultos o passado, o presente e o futuro de nossa sociedade.
Bom início de semana!
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