por Juliano Carrer
- cocalcomunitario@gmail.com
Você já pegou uma fila na estrada? E no banco? Lotérica? Comércio?...
Chato? Ou não?
As vezes a fila é sinal de desrespeito, como quando as estradas ficam em obras “eternamente“, ou quando o banco contrata poucas pessoas para trabalhar...
Mas e quando a fila é imprevisto? Acidental?
Qual sua postura?
Você fura? Se irrita?
Estou aqui e agora em uma dessas filas e como estou com tempo, e inspirado, optei por refletir sobre a dimensão da coletividade presente nas filas.
Não existe coisa mais linda que a coletividade. E ficar na fila é caminhar junto, é continuar com os outros mesmo quando está difícil.
Fico pensando que talvez quem fure fila tenha muito que aprender sobre a vida em sociedade.
Alguns podem dizer: mas eu estou com pressa... não posso me atrasar....
Acredite, a maioria também está em condições parecidas...
Quem fura pensa em si, apenas em si. Furar a fila é um ato puramente individualista.
PS: estou há 4 horas em uma fila na BR (15/8/2014).
Acidente na ponte... alguns furam pelo acostamento, alguns buscam atalhos... mas a maioria permanece... esperança!
Conversa daqui, conversa dali (por vezes descemos dos carros).
Ouço um senhor falar: “Pra que furar, estamos no mesmo barco“. O “jeitinho brasileiro“ é esperançoso, pois ao contrário do que se diz, que brasileiro é malandro, cá estamos a maioria na fila.
Há quem diga que os que aqui permanecem são burros, idiotas... Não compreendem a beleza da coletividade e a grande habilidade de manter a calma em situações que não conseguimos prever.
Admiro um pouco a natureza. Pouco me incomoda neste momento a fila.
Andemos todos enfileirados! Andemos rumo a uma sociedade coletiva.
PS.: Espero que quem tenha se acidentado esteja bem...
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