Editorial: As eleições e o posicionamento

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Cabe a nós, que escrevemos neste site e que temos tantos leitores, deixar algumas coisas claras. Nos últimos dias recebemos alguns questionamentos sobre nossas posturas diante das eleições e gostaríamos de esclarecer aos leitores, pelo qual mantemos todo o respeito.

Antes de tudo, é necessário lembrar que desde sua criação, em 26 de setembro de 2012, o Cocal Comunitário deixou claro que não seria imparcial. Decisão tomado por acreditar que a imparcialidade não existe, pois cada indivíduo é fruto de um contexto cultural - cada palavra utilizada ou olhar sobre determinado assunto será sempre carregado deste contexto que o cidadão vive ou viveu. Assumir isso foi prioridade para o site. E optamos por um lado, o da comunidade, por isso, Cocal Comunitário.

Assumimos, pessoalmente, posição de um dos lados nessas eleições, pois acreditamos que não podíamos permanecer calados. Nunca fomos neutros, sempre acreditamos que é preciso tomar lado para determinados assuntos, tanto no site, como em nossas vidas. "Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor", já dizia Desmond Tutu.

Não acreditamos que estas eleições sejam uma eleição de dois partidos brigando por poder. Acreditamos que o que está em jogo é dois projetos de nação. Dois projetos que já foram vivenciados pelo povo brasileiro nos últimos 20 anos.

Porque escolhemos um lado? Primeiramente pelo empenho da aprovação do Marco Civil da Internet, o qual se tornou historicamente um dos primeiro a garantir a privacidade e assegurar a democracia na internet. Acreditamos que a escolha da politica econômica nos últimos 12 anos evitaram as crises e garantiram as menores taxas de desemprego da história do Brasil. Tivemos a maior redução das desigualdades sociais na história do país, foram 22 milhões de pessoas que saíram da pobreza nos últimos 4 anos. Mais de 3,6 milhões de casas entregues ou contratadas por meio do Programa "Minha Casa, Minha Vida". Criação de 18 novas universidades federais, 173 campus e 422 escolas técnicas. Garantia de investimentos de 10% do PIB e 75% dos royalties do pré-sal para a educação. PROUNI e FIES para universidades pagas. E para finalizar, uma política externa soberana em que se teve maior integração com a América Latina e África, e a formação dos BRICS. E o mais importante o Brasil saiu do mapa da fome. Ou seja, uma opção pelos menos favorecidos do nosso sistema.

Respeitamos todos os eleitores e não pedimos votos no site para x ou y, porém não escondemos nossa preferência. 

Nenhuma mídia ou imprensa é neutra.  Hoje a grande mídia manipula muito as informações, não informando e sim deformando o pensar. Respeitamos os eleitores que não concordam com nossa opinião e não queremos ofender ou atacar aqueles que pensam diferentes. 

Outro fato relevante é que não atacamos pessoas, talvez nos posicionemos contra ideias e formas de ver o mundo, mas respeitamos as pessoas e suas opiniões. Jamais usaremos do artifício de atacar a questão moral e privada de alguém, seja pelo que for. 

Em uma democracia muito mais do que votar , é importante debatermos e questionarmos ideias.