por Rodrigo Szymanski e Davi Carrer
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Até minutos antes das 20 horas de ontem (26/10) ninguém sabia qual seria o futuro do Brasil. Iniciando a computação dos votos, com mais de 94% apurados, veio o alívio para os Petistas. O PSDB, mesmo que ainda pudesse virar nas probabilidades, não tinha condição real desta virada, pois restavam as urnas do nordeste do país.
As eleições mais disputadas dos últimos 20 anos, entre a polarização PT x PSDB, foi marcada por uma diferença pequena, ficando a presidenta reeleita Dilma Rousseff com 51,64% dos votos do segundo turno, contra 48,36% obtidos pelo senador tucano Aécio Neves.
A maior diferença em porcentagem em favor da candidata do PT nas urnas se deu nos estados do nordeste - Piauí (78,3%) e Ceará (76,75%). A presidenta Dilma Rousseff venceu em todos os estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), também obteve vitória em quatro estados do Norte (Amapá, Amazonas, Pará e Tocantins) e em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Foram 54,4 milhões de votos no Brasil.
Aécio Neves obteve vitória em toda a região sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), em todo o Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), além de São Paulo, Espírito Santo, Roraima, Rondônia e Acre. Aécio teve maior porcentagem de votos em Santa Catarina (64,59%) e São Paulo (64,3%).
No pronunciamento da vitória, Dilma garantiu o empenho na reforma política com participação popular. “Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma que é responsabilidade institucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito por meio de uma consulta popular. Com essa consulta, o plebiscito, vamos encontrar força e legitimidade exigidos no meio desse momento de transformação para levar à frente a reforma política” comentou a presidenta, que foi interrompida pelos gritos “O povo não é bobo! Abaixo a Rede Globo!” - isso tudo transmitido pela TV Globo.
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