terça-feira, 30 de setembro de 2014

Opinião: Análises das eleições do (im)possível

por Rodrigo Szymanski
 - cocalcomunitario@gmail.com

Há cerca de dois meses atrás era dado como certa à reeleição da presidenta Dilma, do PT. No início de agosto, com a tragédia da queda do avião do presidenciável Eduardo Campos, do PSB, que estava em terceiro nas pesquisas eleitorais, a sua vice, Marina Silva, assumiu o segundo lugar, quase colada na presidenta Dilma, e com probabilidade das pesquisas de vitória no segundo turno. Ultrapassou o tucano Aécio Neves, deixando o candidato do PSDB, com cerca de 14% das intenções de votos.

O “fato” Marina Silva era a reviravolta total da campanha presidenciável, após cinco eleições, iria tirar das disputas “Petistas e Tucanos”. O PSDB corria risco de ficar de fora de um segundo turno e ver seus planos de partido de oposição se fragmentar.

Em um mês de campanha e propaganda eleitoral, Marina Silva recebeu uma oposição ferrenha, principalmente por defender uma “nova política” e ter aliados ruralistas e banqueiros. Com algumas “mudanças” de ideias que teve durante a campanha, principalmente em relação à comunidade GLBT, aos Ruralistas e a CLT. Marina Silva chegou a chorar com a pressão eleitoral. Não foi somente o PT a “bater” em Marina, o PSDB pegou firme na crítica, garantindo que os “insatisfeitos” não mudassem seus votos para o “fato” Marina e sim permanecesse com os tucanos.

Dilma teve uma queda nas pesquisas e logo em seguida começou uma crescente, tanto no primeiro como no segundo turno. Aécio após uma queda livre voltou a crescer e quase empata tecnicamente com a candidata Marina Silva.

Estas eleições em que tudo pode acontecer trazem fatos novos e interessantes, uma eleição que era tida como “sem surpresa”, surpreende a cada semana. Creio que neste cenário político de última semana de campanha tudo pode acontecer, apesar de Aécio ter uma crescente menor que a queda de Marina, ainda é possível que o Tucano esteja no segundo turno com Dilma. A presidenta Dilma é certa no segundo turno. Porém outro fator relevante é a possibilidade das últimas pesquisas de dar primeiro turno. Caso aconteça um primeiro turno, estas eleições será uma das mais “instáveis” da historia democrática do Brasil.

Segunda-feira (6/10) saberemos quais as surpresas que estas eleições nos apresentam.

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